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Publicado em: 08/08/2023 às 12:40
Drex: O Futuro da Moeda Digital no Brasil
A implementação do Drex está em andamento e é prevista sua disponibilidade para os cidadãos brasileiros até o final de 2024.
O Banco Central do Brasil oficialmente anunciou o nome da tão aguardada moeda digital emitida pela instituição: Drex. Antes conhecida como Real Digital, essa nova moeda traz uma série de inovações ao sistema financeiro nacional. Neste artigo, vamos explorar minuciosamente o conceito do Drex, seu funcionamento distinto em relação a outras formas de transações digitais e como ele se diferencia, além de revelar o cronograma de implementação e suas possíveis aplicações.
Conceito do Real Digital Drex
O Drex é a versão digital da moeda real brasileira, porém se diferencia das criptomoedas convencionais devido à sua natureza regulamentada. Ele consiste em duas modalidades: a moeda de atacado, destinada a transações entre o Banco Central e instituições financeiras autorizadas, e a moeda de varejo, conhecida como real tokenizado, que será disponibilizada aos consumidores finais por meio do mercado.
O acrônimo Drex é derivado da expressão "Digital Real X", incorporando os elementos essenciais do projeto:
- "D" para digital;
- "R" para real;
- "E" para eletrônico;
- "X" para simbolizar as transações.
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Garantia e Estabilidade
Uma das principais vantagens do Drex é sua garantia e estabilidade. Enquanto as criptomoedas frequentemente sofrem com volatilidade de preços devido às flutuações na oferta e demanda, o ele mantém uma paridade fixa com o real brasileiro. Isso proporciona uma base sólida para as transações e instila confiança nos usuários, reduzindo os riscos associados às mudanças bruscas de valor.
Diferenças Entre Drex e PIX
Apesar de compartilharem a terminação "x", Drex e PIX são conceitos distintos. Enquanto o PIX se refere a uma tecnologia de transações instantâneas, o Drex constitui uma nova moeda em si, introduzindo uma forma inovadora de dinheiro digital.
Acesso ao Drex na Prática
Para utilizá-lo, os indivíduos precisarão possuir uma carteira virtual, sob custódia de uma entidade autorizada pelo Banco Central, como bancos ou instituições de pagamento. Essa abordagem busca garantir altos níveis de segurança e privacidade, semelhantes às operações bancárias tradicionais.
Implementação e Cronograma
O cronograma de implementação do Drex é ambicioso e detalhado:
- Maio de 2023: Instituições financeiras como Itaú, Nubank e Santander foram selecionadas para participar do projeto-piloto.
- Dezembro de 2023: Previsão de conclusão do desenvolvimento do Drex.
- Fevereiro de 2024: Início dos testes de transações com ativos do Tesouro Nacional usando a moeda.
- Março de 2024: Avaliação final do projeto-piloto para refinamentos.
- Final de 2024: Lançamento do Drex para os brasileiros, com possíveis ajustes no cronograma para mais testes, se necessário.
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Segurança e Privacidade
A segurança e a privacidade são características primordiais do Drex. O Banco Central se empenha em manter os elevados padrões de segurança já presentes nas operações bancárias e de pagamento. Isso garante que os usuários possam realizar transações com tranquilidade, sem se preocupar com riscos de fraude ou violações de dados.
Detalhes de Funcionamento do Drex
A moeda Drex abre portas para uma infinidade de possibilidades de uso e serviços. Enquanto o Banco Central regula essa nova ferramenta, cabe às instituições financeiras a criatividade na criação de soluções inovadoras. Uma das funcionalidades possíveis é o uso de carteiras digitais para pagamentos, custodiadas por entidades autorizadas.
O Real Digital pode ser convertido em diversas formas de pagamento, incluindo depósitos bancários convencionais e até mesmo moeda física. Além disso, ele pode ser utilizado em transações do dia a dia e possibilita a criação de contratos inteligentes, permitindo transações automatizadas a partir de objetos físicos, como veículos.
Aplicações Práticas do Drex
O Laboratório de Inovação do Banco Central conduziu testes com aplicações do Drex, demonstrando seu potencial em várias áreas:
• Transferências internacionais de dinheiro pelo Itaú.
• Acesso a fundos de investimento internacional para pequenas e médias empresas por meio da Visa.
• Oferta simplificada de crédito rural pela Vert.
• Pagamento instantâneo de bens com transferência de propriedade pelo Santander.
• Entrega de encomendas para e-commerce através de rede de armários programáveis, proposta pela Febraban.
Em resumo, o Drex representa um avanço significativo no panorama financeiro, proporcionando uma moeda digital regulamentada e segura. À medida que o projeto evolui, novas oportunidades e aplicações inovadoras podem emergir, impulsionando uma economia mais digitalizada e inclusiva.
Essa moeda transcende a mera digitalização do real, representando uma mudança paradigmática no sistema monetário brasileiro. Sua estabilidade, segurança e potencial de inovação a tornam um motor propulsor para uma economia mais inclusiva e moderna. À medida que nos aproximamos do lançamento oficial, é imperativo abraçar essa transformação e explorar as possibilidades que o Drex proporciona.
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