A Neuralink, startup de neurotecnologia fundada por Elon Musk, realizou com sucesso o implante de seu dispositivo em um humano no domingo, 28 de janeiro de 2024. O paciente, um homem de 30 anos com paralisia grave, está se recuperando bem da cirurgia, segundo declaração do bilionário em uma postagem no X, anteriormente conhecido como Twitter, ontem.
O implante, chamado de Telepatia, é um chip de neurointerface que pode ser implantado no cérebro para permitir que pacientes com paralisia grave controlem tecnologias externas usando apenas sinais neurais. O dispositivo é composto por um fio flexível de 96 eletrodos que é inserido no córtex motor do cérebro, a área responsável pelo controle dos movimentos.
A Neuralink recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para realizar um ensaio clínico em humanos com o Telepatia em maio de 2023. O estudo envolverá até 10 pacientes com paralisia grave, e deve durar dois anos.
Os primeiros resultados do ensaio clínico são promissores. Em uma postagem no X, Musk disse que o paciente que recebeu o implante conseguiu controlar um cursor de computador usando apenas seus pensamentos. O paciente também foi capaz de jogar Pong, um jogo de videogame simples, usando o chip.
"Este é um avanço significativo na tecnologia de interface cérebro-computador", disse Musk. Existe um imenso potencial para auxiliar indivíduos que enfrentam uma paralisia severa.
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Além da paralisia, o Telepatia também pode ser usado para tratar outras condições neurológicas, como acidente vascular cerebral, ELA e depressão. O dispositivo também pode ter aplicações em áreas como jogos, educação e entretenimento.
A Neuralink é uma das principais empresas na emergente indústria de interface cérebro-computador (BCI). Outras empresas, como Synchron, Precision Neuroscience, Paradromics e Blackrock Neurotech, também desenvolvem sistemas com recursos semelhantes.
A Paradromics planeja iniciar seu primeiro teste com pacientes humanos no primeiro semestre de 2024.
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O futuro da interface cérebro-computador
O implante do primeiro chip cerebral em humano é um marco importante no desenvolvimento da interface cérebro-computador. No entanto, ainda há muitos desafios a serem superados antes que a tecnologia possa ser amplamente utilizada.
Um dos principais desafios é a segurança. Os implantes cerebrais podem representar riscos de infecção, inflamação e danos ao tecido cerebral.
Outro desafio é a eficiência. Os sistemas BCI atuais ainda são relativamente lentos e imprecisos.
Apesar dos desafios, a interface cérebro-computador tem o potencial de revolucionar o tratamento de doenças neurológicas e o desenvolvimento de novas tecnologias. À medida que a tecnologia continue a se desenvolver, é provável que se torne uma parte cada vez mais comum de nossas vidas.
