Segundo dados divulgados pelo BC, foram realizadas 37,1 bilhões de transações via Pix, movimentando R$ 16,9 trilhões.
Em comparação com 2022, o número de transações cresceu 54%, enquanto as movimentações aumentaram 55%. O recorde anterior de transações foi registrado em dezembro de 2023, com 163 milhões de operações.
O Pix já é utilizado por cerca de ⅔ da população brasileira, com 158,3 milhões de cadastrados. Deste total, 149,3 milhões de usuários já fizeram ou pelo menos receberam um valor via Pix.
Chaves aleatórias são as mais populares
O balanço do BC ainda mostrou que 45% das quase 700 milhões de chaves Pix cadastradas são chaves aleatórias (mais de 319 milhões). Em segundo lugar aparecem os registros por CPF, que correspondem a cerca de 18% de todas as chaves cadastradas.
As chaves aleatórias são sequências de números e letras que podem ser criadas pelos usuários para identificar suas contas no Pix. Elas são uma alternativa às chaves tradicionais, como CPF, CNPJ, e-mail e telefone.
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Pix B2B é a modalidade mais utilizada
No mês passado, 40% das transações realizadas via Pix foram do tipo B2B (business to business), ou seja, de empresa para empresa. As transações entre indivíduos (P2P) ocupam a segunda posição, representando 34% do total.
O Pix B2B é uma modalidade que vem crescendo rapidamente, impulsionada pela digitalização das empresas e pelo aumento do uso do comércio eletrônico.

Pix Automático deve substituir débito automático
Apesar de ter sido lançado há mais de três anos, o Pix continua a passar por melhorias por parte do Banco Central. A próxima grande novidade do sistema deve ser o Pix Automático, recurso que realizará transferências automáticas (mediante liberação dos usuários) em determinadas datas.
Em uma entrevista no programa de Miriam Leitão na Globonews, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, esclareceu que a inovação visa tornar o uso do Pix mais semelhante ao do cartão de crédito.
“Essa utilidade irá substituir o débito automático de contas recorrentes e com periodicidade definida. Rafael Guazelli, especialista em direito bancário, expressou em uma entrevista à Agência Globo que essa mudança pode resultar na redução da relevância do DDA (Débito Direto Autorizado) e do débito automático.
O Pix Automático estava previsto para ser lançado em abril de 2024, mas foi adiado para outubro. Segundo o BC, ainda estão sendo realizados estudos sobre como o recurso será integrado ao Pix e o papel de cada instituição.
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Impactos do Pix na economia
O crescimento do Pix tem tido impactos significativos na economia brasileira. O sistema tem facilitado o pagamento de contas, a transferência de dinheiro e o comércio eletrônico.
De acordo com um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Pix pode contribuir para aumentar a eficiência do sistema financeiro brasileiro, reduzir os custos de transação e aumentar a inclusão financeira.
O estudo estima que o Pix pode gerar um impacto econômico de R$ 12,5 bilhões por ano no Brasil. Esse impacto seria resultado da redução dos custos de transação, do aumento da produtividade e do crescimento do comércio eletrônico.
O futuro do Pix
O Pix é uma tecnologia relativamente nova, mas tem o potencial de revolucionar o sistema financeiro brasileiro. O sistema já é utilizado por milhões de pessoas e empresas e vem crescendo rapidamente.
Com o lançamento do Pix Automático e outras novidades, o Pix deve se tornar ainda mais popular e importante na economia brasileira.