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Uma startup chinesa está desenvolvendo uma bateria nuclear que pode durar até 50 anos com apenas uma carga. A Betavolt Technology, fundada em 2022, pretende fornecer o componente inovador como solução de energia para diferentes tipos de dispositivos, incluindo celulares e drones.

O modelo é o primeiro do mundo a realizar a miniaturização da energia atômica, de acordo com a Betavolt. Ele conta com isótopos de níquel-63 reunidos em um módulo de tamanho inferior a uma moeda, como fonte de energia, e utiliza uma camada de diamante para realizar a conversão dos isótopos em decomposição para eletricidade.

É referente ao mesmo tipo de procedimento desenvolvido no século passado por cientistas da antiga União Soviética e dos Estados Unidos. No entanto, os tanques de energia termonuclear daquela época eram vastos e dispendiosos, sendo predominantemente empregados em estações científicas afastadas, sistemas subaquáticos e naves espaciais.

De acordo com a empresa chinesa, a bateria nuclear em fase de desenvolvimento atual possui dimensões de 15 mm x 15 mm x 15 mm, opera com 3 volts e tem a capacidade de gerar 100 microwatts de eletricidade. Nos próximos dois anos, a startup pretende fabricar modelos de maior capacidade, alcançando 1 watt, os quais poderão ser combinados de forma modular para atender às demandas de equipamentos que necessitam de maior carga.

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Celulares que nunca precisam ser carregados

O tamanho reduzido e a produção em série que a Betavolt pretende iniciar nos próximos anos representaria uma grande evolução, com a bateria nuclear possibilitando o lançamento de celulares que nunca precisam ser carregados.

Além disso, esse componente pode ser aplicado em várias outras soluções, como, por exemplo, em drones com autonomia praticamente ilimitada.

A empresa disse que o componente é bastante seguro, não possui radiação externa nem explode como resposta à aplicação de força repentina, sendo capaz de funcionar normalmente em temperaturas variando de -60ºC a 120ºC. A novidade pode ser adicionada até mesmo em aplicações médicas como marca-passos e corações artificiais.

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Conforme afirmado pela fabricante, a bateria de energia atômica que ela desenvolveu é igualmente considerada "ambientalmente amigável" e não representa riscos para o ecossistema.

Impacto potencial

O desenvolvimento da bateria nuclear da Betavolt tem o potencial de revolucionar o mercado de energia. Se a empresa for bem-sucedida em levar o produto ao mercado, ele poderia representar uma alternativa mais eficiente e sustentável às baterias tradicionais.

No caso dos celulares, por exemplo, a bateria nuclear poderia eliminar a necessidade de carregamento diário. Isso seria uma grande vantagem para os usuários, que poderiam ficar com seus dispositivos ligados por dias, semanas ou até mesmo meses.

No caso dos drones, a bateria nuclear poderia aumentar significativamente a autonomia dos dispositivos. Isso seria importante para aplicações como vigilância, entrega de mercadorias e busca e resgate.

Em aplicações médicas, a bateria nuclear poderia ser utilizada para alimentar dispositivos implantáveis como marca-passos e corações artificiais. Isso poderia melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas.

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Perspectivas

A Betavolt Technology ainda está em fase de desenvolvimento, mas a empresa tem grandes ambições para seu produto. A startup espera iniciar a produção em série da bateria nuclear em 2025 e prevê que o mercado global para o produto possa chegar a US$ 100 bilhões até 2030.

Se a empresa for bem-sucedida, a bateria nuclear da Betavolt poderia ter um impacto significativo na sociedade. O componente poderia ajudar a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e melhorar a qualidade de vida de pessoas em todo o mundo.

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Autor: Karina Icoma

Publicado para: Assert Tech

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